Não obrigue as crianças a beijar os adultos: elas têm o direito de decidir com quem se relacionar

Todas as demonstrações de afeto devem ser voluntárias e espontâneas, e não determinadas por imposições e pressão.

Embora pareça um conceito básico, muitas pessoas ignoram isso quando se trata de crianças, mas a verdade é que por mais jovens que sejam, devem poder escolher com quem querem relacionar-se.

Segundo psicólogos especialistas, existem riscos associados a tentar forçar uma criança a beijar alguém ou fazer algo do género, que não seja sua iniciativa.

Muitos pais tentam fazer os filhos cumprimentar familiares ou conhecidos, pressionando-os mesmo quando percebem que as crianças não o querem.

Aqui, a questão não é superar a timidez ou falta de sociabilidade – é essencial respeitar a capacidade da criança de escolher em quem deposita confiança e oferece intimidade física. Logo, forçar as crianças a demonstrar afeto contra a vontade delas, pode ser considerado uma violação do seu espaço.

Em alguns casos, esse comportamento pode mesmo influenciar de forma negativa o desenvolvimento emocional das crianças, tornando-as mais vulneráveis. Como? Depois de aprenderem, através dos pais, que por vezes têm de se submeter à vontade dos outros, podem acabar por se sujeitar futuramente a abusos sexuais, oferecendo menos resistência do que fariam caso tivessem crescido com outros hábitos.

Pode até parecer exagerado, mas é importante ajudar os mais pequenos a proteger o corpo e mostrar-lhe que há formas de ser educado que não envolvem tanto contacto físico como um abraço ou um beijo, por exemplo através de um aperto de mão.

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