Homem visita prisão com cão de serviço e o animal corre em direção a um recluso

O vínculo entre humanos e cães nunca pode ser quebrado. Mesmo passados anos sem ver uma pessoa, um cão reconhecerá um rosto familiar.

Foi exatamente isso que aconteceu com o veterano da Guerra do Iraque, Bill Campbell, que levou o seu labrador, chamado Pax, à instalação onde foi treinado.

Pax é o cão de serviço de Campbell, que este recebeu depois de sofrer uma lesão cerebral traumática, enquanto servia pela segunda vez com a Guarda Nacional.

Tendo voltado para casa do exterior da primeira vez e aceite um emprego como biólogo no Departamento de Pesca e Vida Selvagem do estado, Campbell decidiu realistar-se em 2004, mas acabou com vários estilhaços e concussões no cérebro e foi considerado 100% desabilitado.

De regresso a casa no estado de Washington, Campbell, com 47 anos, também sofria de transtorno de stresse pós-traumático e ansiedade. As cicatrizes da guerra eram emocionais e físicas, e a certo ponto começou a ter medo de deixar a sua casa.

Felizmente, Campbell teve a sorte de receber ajuda, que veio sob a forma de um cão de serviço de 17 meses, doado por uma organização sem fins lucrativos chamada Puppies Behind Bars.

Esta organização “treina reclusos para criarem cães de serviço para veteranos de guerra ferido, bem como para deteção de explosivos para a aplicação da lei”.

“Os cães bebés entram na prisão com cerca de 8 semanas e vivem com os treinadores reclusos durante aproximadamente 24 meses. À medida que crescem e se tornam cães bem-comportados, os seus criadores aprendem o que significa contribuir para a sociedade, em vez de tirar dela”, acrescenta.

Uma das formas pelas quais os cães ajudam as pessoas a lidar com a ansiedade é força-las a sair de casa. Afinal, eles precisam de ser passeados, e desta forma as pessoas voltam a habituar-se ao mundo exterior.

Pax não só ajudou Campbell a seguir em frente com a sua vida e começar a sair, como também foi treinado para ficar de costas sentado ou deitado atrás dele e avisá-lo se alguém for até ele num ponto cego. Este é um grande alívio para alguém com transtorno de stress pós-traumático, que constantemente se lembra de combatentes inimigos a esconder-se e à espera para atacar.

Eventualmente, Campbell decidiu que queria agradecer às pessoas que treinaram Pax, e ele e a sua esposa Domenica fizeram uma viagem de 3.000 km de Washington até a instalação penitenciária de Bedford Hills, em Nova York.

Assim que entraram na prisão de segurança máxima das mulheres, Pax ficou claramente animado por estar num lugar familiar.

Então, ele finalmente viu Laurie Kellogg, a mulher que o treinou. Reconhecendo-a imediatamente, o cão não pôde conter a sua excitação e correu até ela, que o cumprimentou de braços abertos enquanto este cobria o seu rosto de beijos.

Acontece que Pax e Laurie também têm uma história, que ela partilhou com Campbell, a quem deu um grande abraço na reunião.

Laurie está na prisão por homicídio, e também sofre de transtorno de stress pós-traumático, depois de anos a ser vítima de violência doméstica. Ela recebeu Pax para treinar apenas 3 semanas após a morte do seu pai, o que a ajudou a lidar com a sua perda.

Não havia um olho seco quando ela acabou de contar a sua história e explicar a Campbell o que Pax significava para ela.

“Eu sabia que ele faria alguém sentir-se seguro. Ele deu-me uma sensação de liberdade num lugar onde eu deveria sentir qualquer coisa, menos isso”, disse Laurie.

No final da visita, depois de uma tarde com Campbell e Pax, Laurie ficou emocionada e agradeceu a oportunidade de ver o velho amigo novamente.

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