Canhões de Bronze do Século XVI Resgatados do Mar em Esposende

Dois canhões de bronze do século XVI foram recentemente resgatados do fundo do mar, ao largo da praia de Belinho, em Esposende. As peças, possivelmente pertencentes a uma embarcação quinhentista cujos destroços apareceram na costa em 2014, são agora objeto de investigação e conservação por parte das autoridades locais. A operação de resgate, conduzida por mergulhadores e especialistas, foi feita em condições excecionais, aproveitando a baixa ondulação e a localização precisa dos canhões.

Os trabalhos arqueológicos realizaram-se em resposta a vários alertas ao Serviço de Património Cultural de Esposende, alertando para o risco de os canhões serem movidos pela natureza ou saqueadores. Ao serem recuperadas, as peças foram transportadas para as instalações da autarquia, que já havia preparado tanques em 2017 para a conservação de artefactos arqueológicos.

A fase seguinte envolve a preservação minuciosa das peças e uma investigação detalhada, que permitirá aos arqueólogos obter novas informações sobre o naufrágio de Belinho e o contexto histórico da embarcação. Os canhões de bronze são considerados raros em território português e representam um importante achado no campo da arqueologia subaquática.

Além da investigação, as peças serão também valorizadas como parte do acervo arqueológico de Esposende. A autarquia espera, futuramente, disponibilizar este património cultural ao público, promovendo o conhecimento e a partilha da história local. Estes elementos reforçam o papel de Esposende como um centro de referência na preservação do património histórico e arqueológico português.

O resgate e a futura exposição destas peças contribuem não só para o enriquecimento cultural do município, mas também para uma melhor compreensão do período dos Descobrimentos, ajudando a contextualizar a presença destas embarcações nas águas da costa portuguesa.