Infelizmente, a maior parte das culturas negligencia as necessidades principais das crianças, como a proteção, amor e satisfação, tão importantes para a formação da sua personalidade e para o seu futuro.
Hoje em dia, as crianças são desde cedo pressionadas a fazer coisas que ainda nem têm maturidade para compreender, como a escolha de uma carreira e o desenvolvimento da competitividade e independência.
É importante manter em mente que as crianças são como esponjas, que absorvem tudo à sua volta, em especial aquilo que vem das suas maiores influências (os pais).
Na verdade, as crianças não precisam de apender a ir à casa de banho aos 2 anos, nem a ler aos 4. Embora não haja nada de errado com as que o conseguem fazer, as crianças não devem ser forçadas nem comparadas a outras. Todas têm o seu próprio ritmo, e apenas porque algumas desenvolvem certas capacidades mais cedo que outras, não significa que sejam menos promissoras.
Todos nós somos especiais, mas as características que destacam uma pessoa não surgem necessariamente por ela treinar várias horas por dia desde criança, sacrificando tempo que devia ter passado a brincar.
Muitas vezes, o sacrifício da infância tem origem nos sonhos frustrados dos adultos, que os projetam nos filhos.
Devemos ensinar as crianças a ouvir, a respeitar e a exigir respeito, a refletir e a gerir as emoções – estas sim, são ferramentas muitos benéficas que as vão ajudar a escolher o próprio caminho e a ter sucesso, seja qual for.
A orientação dos pais é extremamente útil, e deve ser sempre feita por meio de sugestões e nunca de imposições. Muitos adultos assumem aquilo que é melhor para as crianças, e isso acaba por prejudica-las, porque lhes retira a autonomia.
Os bens mais preciosos que podemos dar a um filho é o amor e o respeito pelo seu próprio ritmo e pelos seus gostos, pois isso vai encorajá-los e também nutrir a sua autoestima.