Há dias, deparei-me com este conceito, que desconhecia. De início, refleti sobre mim mesmo, para verificar se não me encaixava como exemplo, mas percebi que tento conhecer bem as minhas limitações intelectuais. Então, comecei a procurar exemplos de sofomaníacos por aí e, obviamente, constatei que as redes sociais estão lotadas deles.
A palavra “estúpido” possui muitos significados, mas, neste caso, supõe-se que o mais adequado é tomá-la como sinónimo de “ignorante”, para referir indivíduos que não têm o conhecimento necessário para opinar com propriedade sobre um facto, e que mesmo assim o fazem. E opinam baseando-se em juízos de valor, em crenças, sem aprofundar o conhecimento sobre aquilo que se discutem.
Hoje, assistimos a muitos embates entre grupos com ideologias diferentes, nas redes sociais principalmente, no que diz respeito a assuntos vários, como a política, a religião, a sexualidade, entre tantos outros. Qualquer questão minimamente crítica inicia uma avalanche de comentários, muitas vezes agressivos, pois cada lado quer que o seu ponto de vista vença, mesmo que por meio de argumentos falaciosos.
É comum, nesse contexto, multiplicarem-se as notícias falsas – famosas fake news – que muitas vezes denigrem a imagem de alguém que está na berlinda naquele momento, com inverdades, calúnia e difamação. Porque a internet parece uma terra de ninguém, ou melhor, parecia, porque recentemente muitos processos têm sendo movidos e causas têm sido ganhas, em favor de quem vê a sua reputação manchada por fofocas infundadas. As calúnias virtuais já não estão a circular livremente impunes.
Cada um tem o direito de pensar o que quiser, porém, quando os pensamentos vão parar em registos virtuais, há necessidade de moderação e um mínimo de educação e respeito. Após tanta luta pela conquista dos avanços que já se firmaram, não há espaço, em pleno novo milénio, para posturas extremistas, preconceituosas, que incitam ao retrocesso. Ninguém é obrigado a gostar, a concordar, mas o respeito é fundamental e imprescindível. Caso a pessoa exponha as suas opiniões publicamente, terá de saber assistir a muita gente a contrariar as suas ideias, pensando exatamente o contrário, e isso não deve levá-la a agredir estupidamente, em vez de argumentar com bom senso.
É preciso ter consciência de que nada apaga o que se publica na internet, ou seja, assim como se deve proceder na vida, é necessário debater com muita cautela, pesar bem as palavras antes de as digitar em frente ao computador. Isso ou encarar pessoas enfurecidas, ou até mesmo ser sujeito a processos judiciais. Tudo indica, ultimamente, que não haverá mais impunidade para os arrogantes que disseminam ódio e difamação nas redes sociais. E isso é muito positivo. PARTILHE!