Raquel Madeira, mãe da cantora Claudisabel, concedeu recentemente uma entrevista emotiva a Manuel Luís Goucha, onde abriu o coração sobre a trágica perda da filha, vítima de um acidente de viação em dezembro de 2022. Durante a conversa, Raquel expressou a sua profunda dor e descreveu o vazio insuportável que sente desde a morte de Claudisabel, afirmando que vive “sem viver”. “Ela era tudo, ela era a minha vida”, disse entre lágrimas, mostrando a dimensão da ligação que tinha com a sua filha.
A mãe de Claudisabel partilhou que, quase dois anos após a tragédia, ainda não conseguiu lidar com alguns aspetos da perda, como ver as roupas de espetáculo da cantora. Além disso, revelou que visita diariamente a campa da filha, um gesto que lhe traz algum conforto. No entanto, o peso da perda continua insuportável, agravado pela frustração em relação ao responsável pelo acidente, que conduzia sob o efeito de álcool.
Raquel Madeira não escondeu a sua revolta ao falar do homem que embateu no carro da sua filha, expressando uma profunda indignação com o comportamento dele após o acidente. “Não tem desculpa… não quero vê-lo, não me interessa quem ele é, devia estar preso”, afirmou com firmeza. A mãe de Claudisabel mostrou-se incrédula ao lembrar uma entrevista em que o condutor mencionou querer ir ao funeral da filha, um comentário que Raquel considerou “ridículo”.
A mãe da artista também criticou duramente o sistema judicial português, lamentando a demora em aplicar uma punição ao condutor, que está acusado de homicídio. “Já devia estar preso há muito tempo”, desabafou Raquel, apontando as “brandas leis” do país como responsáveis por permitir que o homem continue a sua vida normalmente, sem sequer ter sido suspenso do seu trabalho. Esta sensação de impunidade aumenta ainda mais a dor da família.
A história de Raquel Madeira reflete o sofrimento de uma mãe que perdeu a filha de forma trágica e inesperada, e que agora luta por justiça, sentindo que o responsável por essa perda não está a ser devidamente punido. A sua indignação e dor são partilhadas por muitos que também questionam a eficácia das leis em Portugal, especialmente quando vidas são tragicamente interrompidas por comportamentos irresponsáveis.