Antónia Moreira e Anónio Moreira, um casal de desempregados com 60 e 61 anos respetivamente, estão a viver na garagem de um prédio em Gualtar, próximo da Universidade do Minho, em Braga.
Infelizmente, esse é o único recurso do casal após terem sido despejados. “Precisávamos de agasalho. Com os 360 euros que temos para viver, só conseguimos pagar os 40 euros de renda desta garagem”, diz António.
“Estamos o dia inteiro fora, comemos na maioria das vezes fora porque nem aqui podemos cozinhar. As necessidades são feitas nos cafés, antes de voltarmos à noite. O banho é numa bacia, tal como a lavagem das roupas. Só estou aqui porque preciso mesmo”, conta Antónia.
Antónia, que ficou desempregada há 10 anos, assim como o marido, que trabalhava como pintor automóvel, diz que “a filha estuda na universidade e tem bolsa, por isso vive num quarto da residência universitária”.
O espaço do casal é mínimo e está cheio de móveis, eletrodomésticos e dos poucos bens que o casal ainda possui.
Para além de não terem água nem eletricidade, pois a garagem encontra-se no subsolo de um edifício, estão rodeados de mais 35 garagens iguais onde circulam veículos diariamente.
“Não dissemos que era para viver aqui, e agora, a dona disto diz que temos de ir embora porque os outros morados se queixam. Não sei o que vai ser”, desabafa Antónia, alarmada.
“Vieram cá da BragaHabit e disseram que iam resolver a situação, mas já foi há um mês e nada aconteceu”, diz António.
Quanto ao responsável da BragaHabit, este afirmou que o caso foi encaminhado para a câmara, que consequente o enviou à Segurança Social.
É urgente que se faça algo para ajudar as pessoas nestas situações desumanas.
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