A Suécia está tão preocupada com a reciclagem que ficou sem lixo – tem de o importar de outros países

Ao longo do tempo, a Suécia tem feito um trabalho árduo no campo da reciclagem e de levar a população a adotar a filosofia do “desperdício zero”. Na verdade, os esforços foram tão bem-sucedidos que têm de importar lixo de outros países para a manutenção das usinas de reciclagem.

A Suécia foi um dos primeiros países a aplicar um imposto pesado sobre os combustíveis fósseis, no ano de 1991, e atualmente obtém quase metade da eletricidade a partir de fontes renováveis.

Foi implementada uma política nacional de reciclagem coerente para que, embora as empresas privadas realizem a maioria dos negócios de importação e queima de resíduos, a energia reverta para uma rede de aquecimento nacional para residências no inverno.

Contudo, há críticos que acham que o país está a evitar a reciclagem real ao enviar o lixo para incineração. Segundo gerentes de fábricas de papel, a fibra de madeira pode ser usada até 6 vezes antes de se transformar em poeira, e se a Suécia queima o papel antes disso, está a esgotar o verdadeiro potencial de reciclagem e a substituir o papel usado por mais matéria-prima fresca.

Entretanto, as autoridades suecas comunicaram que a política de importação de resíduos tem caráter temporário, e os municípios estão a investir individualmente em técnicas futuristas de recolha de lixo, tais como sistemas de vácuo automatizados em blocos residenciais.

Desta forma, não haverá necessidade de transporte de recolha, e os sistemas de contentores subterrâneos libertarão espaço na estrada e reduzirão os odores.

É ainda importante referir que a Suécia possui um sistema de depósito de latas (1984) e garrafas (1994) que dá dinheiro às pessoas que as reciclam.